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Quem é você, Alasca? – John Green


Caso você ainda não leu este livro, cuidado aqui contém alguns Spoilers... 

Ah.... um tempo atrás o nome "John Green" estava entrando no auge e fazendo um grande sucesso. Claro, por causa do livro "A culpa é das estrelas" que mais tarde veio a ser um filme, muito bem roteirizado claro.
Comecei a pesquisar sobre o cara, e seus livros e me peguei PERDIDAMENTE APAIXONADA, primeiramente pela sinopse do livro "Looking for Alaska" que no Brasil é "Quem é você, Alasca?". Comentei com um amigo, e o que ele fez? Em uma bela tarde, ele aparece em casa como livro na mão. Imaginem minha alegria. Só de olhar para o livro já amei. Ele é tão bonito e eu queria nunca ter de deixá-lo longe de mim. Então comecei minha leitura, não conseguia parar de ler.


O livro “Quem é você, Alasca?” começa falando de Miles, um menino antissocial que está de saco cheio da escola e sua vidinha, e assim pega referencia nos seus ídolos escritores que faz com que ele queira estudar num colégio interno. Que por incrível que pareça é o mesmo que seu pai estudou a anos atrás. Ele ama ler biografias, e também tem um hobbie interessante – ele coleciona as últimas palavras. Por isso na capa está “as ultimas palavras...” Ele decora as últimas palavras ditas pelas pessoas que ele leu. Algumas são engraçadas, outras trazem uma reflexão. 




Tanto é sua paixão por biografias, que a ultima lida por ele mesmo faz com que ele queira sair do seu conforto. Ele demonstra que realmente está cansadão da sua vida e sai em busca da famosa frase do livro “GRANDE TALVEZ”. É tão grande assim, que talvez eu penso em sair da minha zona também, ou talvez não. Talvez eu pense em também gravar todas as ultimas palavras de alguém que sou fã, ou talvez não também.




No colégio interno ele conhece novos amigos, com os quais ele realmente começa a achar que é “um por todos, e todos por um”. Claro que o amigo mais próximo e o primeiro é o sabichão do Coronel. E é o mesmo Coronel, que apresenta a famosa Alasca para o Miles. Que a partir daí sua vida acaba mudando e virando do avesso.
O que eu achei da Alasca? Chata, mesquinha e idiota. Leva a vida como se fosse totalmente locona e como se soubesse de tudo. Não nos pensa outros, só em si mesmo. Mas eu gosto dela, de verdade. Antes ser um chato verdadeiro, do que um falso legal. Ela tem muitos problemas, pessoais, psicológicos. Como se ninguém mais no mundo tivesse. Mas tudo bem, essa é a Alasca, uma pessoa verdadeira. Claro que é verdadeira, realmente muitos de nós somos assim. O bom do livro é que mesmo a história sendo tensa, e muito cabulosa, nebulosa tem algumas partes umas partes engraçadas e de aventuras também. Como por exemplo, fumar dentro do banheiro (nunca pensei nisso, de misturar a fumaça do vapor do chuveiro com a fumaça do cigarro esconde o cheiro haha), sair do campus e tudo mais.
O livro se passa por capítulos e eles são regressivos. Quando foi chegando pro meio que entendi o porquê da regressão. Porque tem os dias antes, e os dias depois do furacão chamado Alasca. Não sei você, mas eu tenho o dom de chorar com livros. Chorei muito ao pensar que a “VIDA É UMA QUESTÃO DE TEMPO”, em um tempo você está aqui e com todos os que gostam, e talvez por causa de uma coisinha, que pode ser pequena ou grande você já não tem mais TEMPO de dizer mais nada, muito menos pensar. A vida é muito grande, mas em questão de segundos pode ser bem pequena e acabar num piscar de olhos. Eu chorei muito quando li o capítulo 0 e 1 (a metade do livro de Alasca), assim como chorei no final do livro “Fallen” e em “Hush Hush”, mas sobre estas obras serão outras resenhas...




E o livro, também é cheio de frases de efeito, que se pensar bem, não faz efeito nenhum (já dizia o Tavares). Poderia ficar aqui citando muuuuitas das frases de efeitos, mas vou citar alguns que eu mais curti no fim do artigo.
Depois que li “Quem é você, Alasca?” e “A culpa é das Estrelas” eu pretendo ler, “O Teorema Katherine” e também “Cidades de Papel” também do “João Verde”.

Frases de efeitos, que surti muito efeito..

Mas que diabos significa ‘instantâneo’? Nada é instantâneo. Arroz instantâneo leva cinco minutos, pudim instantâneo uma hora. Duvido que um minuto de dor intensa pareça instantâneo.”
  



Chega uma hora em que é preciso arrancar o Band-aid. Dói, mas pelo menos acaba de uma vez e ficamos aliviados.”
  
Passamos a vida inteira no labirinto, perdidos, pensando em como um dia conseguiremos escapar e em quanto será legal. Imaginar esse futuro é o que nos impulsiona para frente, mas nunca fazemos nada. Simplesmente usamos o futuro para escapar do presente."




"Vocês fumam para saborear. Eu fumo para morrer".



Somos capazes de sobreviver a essas coisas horríveis, pois somos tão indestrutíveis quanto pensamos ser.”